É burrice criticar a diretoria do Atlético pelo trabalho realizado no extra-campo do clube. Os gestores estão levando o Atlético para outro patamar no futebol brasileiro. Porém, dentro de campo, as coisas não se coincidem.
Desde a chegada do novo presidente, no dia 03-12-2014, o Atlético teve 5 treinadores diferentes, 4 deles, demitidos pela atual gestão. São eles: Levir Culpi, Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado e o atual Rogério Micale. (Diogo Giacomini não entra na lista, por não ser efetivo).
Desde a demissão do Levir Culpi, é lúcido compreender a intensão dos gestores do clube, de "MODERNIZAR O FUTEBOL DO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO".
Uma tentativa até que certa, mas no clube errado. Todas as conquistas do Atlético, foram na base de viradas heroicas, determinações, raça e entre outros fatores... Algumas delas, utilizamos sim a técnica e a qualidade de alguns jogadores, como foi a Libertadores em 2013, onde o Atlético contava com a magia do Ronaldinho Gaúcho.
Mas as coisas mudaram, investimentos altos, contratações inimagináveis e até mesmo, desnecessárias... O "Atlético moderno" para uns, é uma evolução, mas na verdade, é um passo para trás.
A torcida do Atlético não quer chegar na Arena Independência e ver jogadores como o Robinho, pedalar e no final da partida sair dando entrevistas com o peito estufado. A torcida do Atlético está acostumada a ver Leandro Donizete, Pierre, Josué, Réver, Bernard e etc... Jogadores que não são protagonistas, muitos deles sem muita história no futebol, mas que chegam dentro do clube e sentem o prazer de honrar o manto alvinegro.
Novos treinadores se vão, novas filosofias de trabalho vem e a cultura do Atlético não sabe lidar com este detalhe importante.
É difícil você implantar este estilo "Galo Doido" em jogadores como Robinho, Fred e etc... (Não jogando a culpa nos dois apenas, mas como vários outros jogadores no elenco). Como o Micale disse em sua primeira entrevista coletiva, "Não vou implantar meu estilo de jogo, em jogadores que não são destas características".
Qual a solução para resolver este enorme problema, então? PLANEJAMENTO! Não podemos largar este ano ainda, mas devemos planejar o próximo ano, analisando jogadores que devem sair e os que devem permanecer. Recuperar a brilhante ideia de que o Atlético não precisa de jogadores que joguem por nome, mas que joguem pelo clube.
Mas planejamento é uma palavra sem sentido para a atual gestão do Atlético. Todo ano um planejamento diferente, está correto isto, porém não dão tempo para prosseguir o planejamento. O desespero em certos momentos atingem tanto a diretoria do clube, que (por exemplo), em 2014 abriram mão do Marcelo Oliveira antes da segunda partida de uma final, de uma competição nacional, sendo ela a Copa do Brasil.
Voltando a atual fase, a torcida do Atlético implora para que retornem a verdadeira filosofia do Atlético! Não queremos uma coletiva onde são permitidas apenas 3 perguntas, Sr. Daniel Nepomuceno. Queremos uma coletiva de TRÊS HORAS no MÍNIMO, sabe por quê? Porque não se pode explicar a atual fase do clube, com apenas três perguntas. Queremos que os responsáveis assumem os erros e coloquem a cara a tapa. Esconder pra quê? Se o Atlético é o verdadeiro clube do povo? Nós queremos o nosso clube de volta, com a nossa magia de jogar!